terça-feira, 24 de agosto de 2010

Vozes

Quando leio um poema imagino a voz
do poeta que o compôs,
E ouço efetivamente sua voz.
Assim, tenho falando-me constantemente
aos ouvidos,

Drummond, Wasil, Rosemarie, Bandeira, Cecília,
Allan Poe, Daniel, Celso Mendes, Brida, Jéssica Aguiar,
Rimbaud, Zaqueu, Baudelaire, Carvalho Júnior, Decimar,
Ernesto {Augusto}, Florbela. Dhenova e Dinoélia...

Além de tantos outros queridos poetas e poetisas,
sussurrando no momento mesmo
da composição,

Seu conselho;
Sua revolta;
Sua interpelação;

A retórica pergunta dirigida a outrem
que tomo como que para mim:
“E agora [Edwin]?”

Sei que mais tarde, quando os reler,
eles lá estarão,
Recitando para mim, só para mim,
humilde leitor,
seus poemas eternos.

As vozes dos poetas não cessam de ecoar
jamais.
Elas tornam-se um zumbido infindável
como o bordão do corvo Nunca Mais
Ou o verme impregnando os tímpanos
e a consciência.
Um estampido de vontade e também
de potência.

Um riso inteligente disparando a esmo
suas agudas setas.
Meus amigos contemporâneos,
ouçam de bom grado
As vozes dos poetas!
“A mão que empunha a pena
equivale à que guia o arado.”

Ouvir poesia é o mais útil dos atos inúteis
que cometo diuturnamente.

Querem saber de outro?

Tentar tornar audíveis meus próprios poemas...

Edwin Fernandes Xavier...
Caxias, 21 de Agosto de 2010.

Um comentário:

  1. Legal saber que você lê os meus versos, meu amigo!Acompanho as suas composições na comunidade dos reconcavianos e vejo que você produz com paixão! Grande abraço

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