Na trilha de um verme
suburbano
Que ao cérebro prefere
os testículos,
Encontra-se a verdadeira
podridão.
A fálica putrefação
dos órgãos.
Uma mensagem oculta
nos membros
Que só à luz do verme
escapa da escuridão.
A vida que jorra do invólucro
escrotal
É o anúncio de que a morte
sempre chega,
Seja sublimemente ou da
forma mais banal.
O verme da morte nos acompanha
do fim ao começo.
Do corpo cadavérico decomposto
em pus,
Até o frescor do mais puro
líquido seminal.
Os espermatozóides que morrem
para que eu nasça
Transformam-se mais tarde,
como que por vingança,
Nos vermes que irão me decompor
no ambiente escuro e frio do meu caixão.
Pois o fruto vivo da fecundação
Torna-se homem depois volta ao pó.
Mostrando que a morte e a vida não se separam,
Mas encontram-se unidas na cadência louca de
um processo só.
Edwin Fernandes Xavier...
Poeta ladrão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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