Do muro fez-se a nação;
Da guerra fez-se o contato;
Do asco fez-se a visão
do sublime conhecimento.
Do instável fez-se o constante;
Da convivência fez-se a saudade;
Da efemeridade do instante,
a eterna proximidade.
Da vigília fez-se o sonhar;
Do nada, a existência;
Dos teus olhos negros fez-se um olhar
de suprema clarividência.
Da tua boca fez-se a negação,
contrária a si mesma enfim,
pois teus lábios diziam não,
mas tua mente dizia sim...
Edwin Fernandes Xavier...
Caxias, 06 de julho de 2010.
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